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A história da anestesia

Atualizado: 25 de jan. de 2022

Boa parte dos avanços da medicina contemporânea se deve à descoberta e desenvolvimento da anestesiologia. Mas, você sabe quando e como foi iniciado o uso da anestesia em cirurgias?


A história da anestesia


Já parou para pensar como a medicina contemporânea seria diferente se não pudéssemos contar com o uso da anestesia? Apesar de seu papel fundamental em procedimentos cirúrgicos, a técnica é relativamente recente na história. Neste artigo, vamos falar um pouco sobre a anestesia, sua história, e seu impacto na evolução da medicina.


A saúde antes da anestesia

Instrumentos cirúrgicos egípcios, hoje expostos em museus, são prova de que, na Antiguidade, alguns tipos de cirurgia já eram realizados. Dessa forma, entende-se que civilizações antigas já conheciam formas de driblar a dor para realizar tais operações.

Relatos da Grécia Antiga apontam que Hipócrates, considerado o pai da medicina, utilizaria a esponja soporífera embebida em substâncias analgésicas e sedativas que se extraíam de plantas. Também é dito que o médico Dioscórides haveria descoberto efeitos analgésicos na mandrágora, um tubérculo similar à batata.

A história ainda conta que, na China, a acupuntura seria utilizada para mitigar a dor, e que os assírios se valiam da técnica de compressão da carótida, evitando que o sangue chegasse ao cérebro.


A utilização do éter

Foi no ano de 1846, em Boston, que o dentista Thomas Green Morton utilizou, pela primeira vez, o éter para realização de cirurgia. Nessa data, Morton apresentava o aparelho inalador de éter que havia idealizado, em um anfiteatro cirúrgico no Massachusetts General Hospital. A criação do dentista foi resultado de diversas experiências com uso do éter inalado para extrações dentárias indolores.

Percebendo o potencial da técnica, Thomas Morton solicitou autorização para uso do aparelho em uma cirurgia de grande porte. Assim, junto ao cirurgião John Collins Warren, Morton participou da cirurgia em um rapaz de 17 anos, diagnosticado com tumor no pescoço. A cirurgia foi um sucesso e passou a ser considerada como primeiro caso concreto de anestesia geral.



A importância da anestesia

O impacto positivo da anestesia para os cuidados com a saúde humana são muito claros e irrefutáveis. Não apenas o paciente é tratado de forma mais confortável, mas também evitam-se choques fatais causados pela dor. Cirurgias longas e de alta complexidade se tornam viáveis, garantindo que a medicina avance de forma exponencial.


O papel do anestesiologista

O médico especialista em anestesia, o anestesiologista, é um profissional dedicado a garantir a segurança do paciente durante uma cirurgia. Para isso, é necessária uma avaliação pré-anestésica, que permite a identificação das condições de saúde e de possíveis riscos de complicações.

Na sala de cirurgia, é o anestesiologista que realizará sedações, anestesias regionais, peridurais ou gerais. O profissional fica ao lado do paciente durante todo o procedimento cirúrgico, garantindo que respiração, pressão e outros sinais vitais se mantenham adequados. Ao final, no pós-operatório, o anestesiologista também pode participar na recuperação, através do controle da dor.


Anestesia e segurança

Hoje, são muito raros incidentes ou complicações decorrentes de uma anestesia. O avanço constante da área de conhecimento, além de medicações, instrumentais e técnicas modernas, fazem com que o anestesiologista possa reduzir ao máximo qualquer tipo de risco à vida. Mas, claro, assim como todo tipo de procedimento de saúde, há sempre risco, ainda que muito baixo. Por isso, ao realizar cirurgias, é recomendado que se conheça e converse com o anestesiologista, dividindo informações importantes sobre histórico de saúde, e até mesmo tirando dúvidas para garantir que o procedimento ocorra da forma mais confortável e segura possível.




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