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Produção desafiadora em meio à pandemia: case 3M

Foto do escritor: Jb Log SaúdeJb Log Saúde

Como você sabe, as máscaras têm sido uma das principais aliadas na contenção da pandemia da Covid-19. Em especial, as máscaras do tipo N95. Por isso, para a 3M, a única solução para o período foi montar uma verdadeira operação de guerra.


Popularmente conhecida por marcas como Post-Its, Scotch-Brite, Scotch e Nexcare, a 3M é também a maior fabricante de máscaras N95 do mundo. Esse tipo de respirador, como chamam os especialistas, tem sido responsável pela proteção de agentes de saúde contra a Covid-19, já que têm um alto grau de eficácia, filtrando 95% das partículas transportadas pelo ar, inclusive vírus. A demanda por máscaras N95, portanto, cresceu exponencialmente em todo o mundo, desde o início da pandemia.


O Ministério da Saúde recomenda que, além de profissionais de saúde, o produto seja usado também por pessoas infectadas pelo novo coronavírus e por seus cuidadores. O N95, segundo Patrícia Soares, gerente de marketing da 3M, é um modelo de respirador que segue os requisitos da norma americana, além de possuir aprovação do NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health, ou Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional) nos Estados Unidos.


“No caso do Brasil, o equivalente seria os respiradores PFF2, que são testados de acordo com a norma brasileira ABNT/NBR 13.698-2011, assim como o respirador tipo KN95, testados pela norma chinesa GB2626-2006, e outros tipos semelhantes”, diz Patrícia. De acordo com ela, a descrição mais usada é a eficiência na filtração. Ou seja, a alta capacidade de filtrar partículas específicas em teste de laboratório controlado.


Produção em três turnos na fábrica de Itapetininga

A 3M Brasil já tinha as máscaras N95/PFF2 em seu catálogo antes da pandemia. Mas, desde o início da crise, precisou triplicar o volume da produção local. Assim, foi necessário aumentar o efetivo de funcionários. Por já possuírem as máquinas necessárias e não terem sofrido com a falta de matérias-primas, em cerca de 45 dias já foi viável triplicar essa produção de EPIs (equipamentos de proteção individual). A logística foi o principal desafio, no entanto, com a alta demanda de distribuição do produto.


Ainda sobre os funcionários, dos 6,5 mil colaboradores, apenas aqueles que trabalhavam nas fábricas foram mantidos na modalidade presencial, com protocolos adequados de segurança. Metodologias ágeis que já eram aplicadas, foram essenciais nas tomadas de decisão neste período de contingência.



Corrida mundial pelas máscaras


Mike Roman, CEO e chairman global da 3M, afirmou para a rede de televisão norte-americana, CNBC, que a empresa começou a aumentar a produção de máscaras N95 no fim de janeiro de 2020, poucas semanas após o surgimento do novo coronavírus na China.


No primeiro semestre de 2020, a 3M fabricou 800 milhões de respiradores no mundo todo. “Estamos fabricando mais respiradores N95 do que nunca e continuaremos a adicionar alguma capacidade à medida que avançamos no fim do ano e no ano que vem”, disse Mike Roman.


A 3M protagonizou uma corrida mundial pelas N95. Em abril do mesmo ano, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que proibiria a 3M de exportar suas máscaras para qualquer país, demandando que toda a produção ficasse em território estadunidense.


No meio da disputa, no Brasil, o então Ministro da Saúde, Mandetta, anunciou a compra de todo o estoque das subsidiárias da 3M no país, abastecendo então o mercado interno. O grande desafio era a capacidade produtiva, especialmente porque a maior parte da matéria-prima é provida pela China. E, com a alta demanda global, todos os países acabam por disputar os insumos.


Resultados superam as expectativas


Ao final de 2020, a 3M divulgou resultados acima dos projetados pelo mercado norte-americano, certamente impulsionados pela alta na demanda das máscaras no mercado mundial.


O faturamento da divisão de produtos para cuidado da saúde, que incluem também itens cirúrgicos e de uso por dentistas, subiu 25,5%, representando mais de um quarto das vendas totais da 3M. O aumento significou equilíbrio para as contas já que a divisão de produtos para escritórios sofreu uma queda em faturamento, em decorrência do fechamento de empresas.



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